terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vívida vida

Minha vívida vida insolúvel
Os meus passos mais longos e apressados
Me levaram pra onde me separam
Do teu peito de angústia acelerada
Uma linha seguida mal traçada
Duas vidas perdidas desencontradas
Pra onde se foge e se acha
Tudo aquilo que não se queria encontrar
Mas já vale a caminhada
Porque qualquer busca já pela vida é significada
Não, não vai, fica aqui!
Pedido egoísta quase sempre visto como amor, amizade ou até proximidade
Prende-nos e nos envaidece
Não vai e fica onde o outro quer!
Mas o que você quer tá lá, te esperando parado, ou não.
Pode ser em bangladesch, México ou até Bagdá
O importante é que você possa tentar,
Experimentar as pernas e os braços
Que eles te servirão
Como lemes e hélices
Para que sua navegação seja longa;
Sua direção esteja pronta
Mas não apronte
Siga seu melhor horizonte.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Solidificação do incomodo abstrato (separação dos Amantes)

Cama, mesa e banho, todos esses lembrados em atacados pela memória distraída, distorcida e contorcida pelas lembranças felizes de um tempo no qual sempre se quis que nunca se chegasse ao fim, por fim chegou e devastou muitas coisas que às vezes pareciam ser inatingíveis, às vezes parece que a alma tem algo que sangra como o corpo, às vezes a tristeza tem algo que dói como a matéria , ou seja, a separação dos amantes tem algo que chega muito próximo da dor física quando se sucede.
Cada caso há um acaso propenso pelas legitimidades da vida, pela severidade da justiça da existência, sofrimento merecido? Não se sabe! Não se sabe nem se todo sofrimento é para ser depreciado ou louvado, sabemos o que sentimos, muito pouco além disso, mas existem propósitos que excedem a nossa vã bagagem de conceitos e achismos tão comuns de nossa natureza, por isso nem sempre conseguimos vislumbrar o real intento do sofrimento.
Cama, mesa e banho, palco de sensações comumente humanas e animalescas, sensação de euforia, amor, alegria num só quadrado, dado de um a outro involuntário e egocentricamente, mas que parece em alguns momentos tão generosos que chega a ser sublime e verdadeiramente o que parecer ser, parecer e não ser ou é melhor ser e não parecer? Enfim... Não tenho muita certeza se devo ter alguma certeza em relação a isso, mas sinto como todos sentem, ou não.
Todas essas coisas martirizarão os dias, meses, às vezes anos vindouros que se darão pelo fim do tempo dividido intensamente por ambos e a discrepância dos dois momentos a ser vivido será gritante como um grito de dor que a alma e o corpo em comum acordo se encontram e declaram o sofrimento e o rompimento da paz e aconchego da relação.
Simbiose desfeita, só nos resta seguir o processo da vida, condenada várias vezes a várias sentenças, umas boas outras ruins, de certo é que sempre na mesma relação o final é diferente pra cada uma das partes, mas sempre cada um seguindo com seu curso natural de quedas e levantadas.
É quando a alma sofre que sentimos como se o abstrato da dor da alma se solidificasse e nos sangrasse a carne.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Letra/Música/Pensamento/Eloquência.



Temos que deixar de sermos tão ícones de sí e olharmos um pouco a diante de nós mesmos.




A FARTURA DOS MISERÁVEIS


Na barriga de vento
Com um buraco cavado a ar
A refeição é o intento
Do menino que já vai chegar

Olha a tempestade do medo
Chegando para os sofridos
Que olham para o céu anunciando
Que sonhos serão demolidos

Na ausência sem procedência
Na audiência sentenciada
Pelos homens amargos
A falta de ter foi condenada

Mastigado pela fome
Condenado pela desgraça
Presentemente ao seu lado
O caçador a procura da caça

Traqueia sem passagem de ar
Infame vida sem lar
Ele come a causa
Pra fome a cabeça enganar

Dor pra que ver tanta
No olhar de uma criança
O homem não quer ser
Ele só quer ter...esperança.

Por fim de minha insistência
Vou dizer com minha eloqüência
Dê-me Deus algo que me esqueça
Algo como a demência.


Minha autoria...comentem!!!

terça-feira, 6 de julho de 2010

MUDANÇA (para amigos e família)

Como não poderia deixar de ser, a pauta inaugural do SI (sólida Insanidade), é no momento, a maior mudança de minha vida. Nascido e criado em Belém do Pará sem ter atingido grandes milhas dentro de meu próprio Estado, hoje vivo a espectativa para a chegada da hora que estarei de partida para o Sul, Florianópolis-SC, são 3500km que me separarão de minha família, amigos, amores, uma banda, cachorro e o passado, tudo isso em busca de satisfazer alguns desejos de minha alma.
Aconselho a todos que conheço, ou não, que se atentem para o que deseja o eu, pois nele está a satisfação da vida e a proximidade com a felicidade, a opressão da casualidade que é orquestrada por essa sociedade que nos leva leve e involuntariamente para um lugar onde apenas achamos que queremos, nos faz perceber, as vezes muito tarde, que o caminho não foi traçado por nós, sim pela casualidade propensa pelos direitos e deveres sociais. Não estou aqui dizendo para virarmos anarquistas, mas digo para ouvirmos nossos desejos e sonhos contidos e as vezes aprisionados no poço escuro do inconsciente.
Estarei lá, mas levarei comigo minha cultura, meu orgulho de ser paraense e principalmente, carregarei comigo o apreço das pessoas que aqui estou deixando.
Enfim, haverão despedidas, minha banda(Seu Menino) irá tocar num bar na marambaia que pertence a um tio meu, vou fazer um grande merchandising pra ele agora, o nome do bar é MEGAPOINT, visitem!!!
Breve e carregado de emoção essa é minha primeira postagem, as próximas serão mais interessantes e alegres, ou não, mas mesmo assim, espero que comentem e digam o que pensam sobre tudo isso, um grande abraço e fiquem na paz de Deus.

PS: Assim que eu tiver a data de quando a banda irá tocar, ficarão todos devidamente avisados.