sábado, 15 de setembro de 2012

Tino Apócrifo

Das profundezas da superfície
Renasci da inerte morte
Que sorte, não morri!
Do alto subi para que o chão eu enxergasse,
Vivesse, entendesse tudo ali
Não há nada que o olho não sinta
Nada que coração não veja
Padecer do cunho amor,
É sobreviver sob o mesmo céu de todos,
Tolos perfeitos de grandeza igual e medíocre
Ocre para todos, sal para a vida,
Finita para nós
O grande e o pequeno homem
Padecem para a mesma morte da vida,
Vida da morte, longa e infinita
Assim vós sois, colossal e apócrifo,
Posto, suposto à toda humanidade
Que julga e condena a duras penas
Que provêm, jaz, do início do teu fim.