sábado, 15 de junho de 2013

Dois Acordes Acordam o Monstro



O homem perdido em suas certezas
Não vê com clareza e submerge no mar
Pobreza que vê na riqueza
Nobreza à avareza
servir-lhes o café
Senhores de nossa folia
Donos de nossos dias
Que ainda virão
Eles virão como um sonho
Sem cão e seu dono
Para lhe pegar

Estou com medo
Ele não para de me olhar
Pra onde eu vou, eu sei que ele vai está
Olha-me com o olhar
De quem sabe meus medos
Ele está mais mim
Do que eu mesmo
Meu sistema neural lhe reconhece
Pelas peças implantadas
E pelas minhas preces
Cativeiro no império do serrado
Ideologias raptadas
Do nosso cercado
Pelo pouco que oprime
Pelo muito que redimi
Pelo monstro que mostra minha cara
Pelo espelho que me deu
O ricocheteio do centeio
Iluminando toda minha fala

Olhares de vidro a espreita
Só pra ter certeza
Se tudo vai bem
Paranóia me ceda está bóia
Vou em cima à glória
Só pra respirar
Meu livro me livra da TV
Livre-me de você
a me teleguiar
Seus rádios e jornais infectados
Manipulam os meus dados
Só pra eu não jogar



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